É possível observar milhares de padrões de cores diferentes no reino animal. Na maioria das vezes esses padrões são atribuídos a uma proteína chamada melanina (a mesma que origina diferentes tons de pele na espécie humana). Entretanto, dentro de um grupo de animais que apresentam coloração, podem existir indivíduos que são completamente brancos. Nesses casos, estamos falando de uma condição genética denominada de albinismo, que é caracterizada pela falta parcial ou total de melanina na pele, olhos e pelos. Muitas vezes relacionamos o albinismo apenas a espécies humana. Mas, há casos de albinismo em todo o reino animal. Isso quer dizer que existem cobras, tartarugas, pavões, leões, tigres e jacarés albinos. Os exemplos são intermináveis.
A pergunta que fica é, se os casos de albinismos são tão frequentes, será que ausência de pigmentação irá influenciar na chance de sobrevivência do animal?
A resposta é sim, animais albinos terão menores chances de sobreviver no ambiente natural. Em primeiro lugar porque terão chances maiores de desenvolverem doenças de pele, principalmente o câncer. Além disso, a falta de melanina nos olhos acarreta problemas de visão ao longo da vida do animal. Lembre-se que um animal que não enxerga direito é um animal que tem dificuldade para se alimentar, que não encontra abrigo e que não foge bem de predador. E, por fim, os animais albinos se destacam com facilidade, tornando-se mais visíveis aos predadores.
Quando nascem em zoológicos, os animais albinos são ensinados desde cedo a se protegerem do sol e são acompanhados em relação a alimentação e problemas de visão e de pele, por isso, apresentam chances maiores de sobrevivência.
Fonte da imagem: http://500px.com/photo/7138237
Interessante essa questão do albinismo. Para além de toda a discussão biológica muito bem feita pela Marília, o que mais me chama a atenção em relação ao albinismo é como ele é o instalador de uma diferença. A cor de um indivíduo sempre foi um fator determinante para o desenvolvimento da noção de pertencimento. Quando surge uma diferença como o albinismo, naturalmente esse pertencimento desestabiliza-se. São inúmeros os casos de animais e até mesmo grupos humanos que excluem os albinos, pois eles não pertencem.
ResponderExcluirMas o contrário também acontece! E isso me lembra o caso dos albinos de Olinda. Três crianças albinas que nasceram em uma família negra. São negros albinos (a diferença mais avassaladora). A história deles correu o mundo e deu origem a um grande ensaio fotográfico que disponibilizei em uma postagem Bio-ilógicos (http://www.bioilogicos.blogspot.com.br/2013/04/serie-fotografica-flor-da-pele.html)
É galera... apenas algumas curiosidades para o albinismo em humano:
ResponderExcluir- Os tecidos internos são brancos, inclusive o cérebro e a espinha dorsal são totalmente brancos; enquanto que nas pessoas que não possuem o albinismo apresentam tecidos com tonalidade escura.
- O albinismo não afeta a capacidade mental e cognitiva do indivíduo, nem mesmo é contagioso. O maior problema enfrentado pelas pessoas albinas é a discriminação e exclusão social. E isso acontece principalmente no ambiente escolar. Por tanto é importante a inclusão desses alunos em todas as áreas do currículo escolar de modo que todos os alunos participem de todas as atividades, dentre elas: arte, música, educação física, etc.
- Conforme o Decreto 3.298/99, que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, geralmente, um portador de albinismo enquadra-se como portador de necessidades especiais (deficiente) por apresentar baixa visão? Embora o albinismo em si não seja considerado uma deficiência, os problemas de visão que a grande maioria apresenta faz com que sejam considerados, haja vista que, um portador pode apresenta acuidade visual entre 5% e 30%.
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Confira mais algumas imagens de animais albinos publicadas no portal G1 (http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/04/lista-reune-animais-albinos-fotografados-pelo-mundo.html)